segunda-feira, setembro 28, 2015

Jim Del Monaco


Passe a imodéstia, foi num suplemento jornalístico dirigido por mim no jornal Diário Popular, a que atribuí o título "Tablóide" (*), que se estreou, em Outubro de 1985 - portanto há trinta anos, a personagem de banda desenhada Jim Del Monaco, um herói de papel pertencente à escassa galeria de heróis da BD portuguesa.


 














Louro e Simões na foto

Os seus criadores Louro & Simões (Luís Louro, desenhador, António José Simões, argumentista), ambos nascidos em 1965, também este ano fazem anos redondos, cinquenta cada!


Em relação ao aspecto gráfico, detectei em Jim del Monaco algumas semelhanças estilísticas com o herói Rocco Vargas, uma criação de Daniel Torres, autor espanhol que na época gozava de grande prestígio. 

Quanto aos enredos de Tozé Simões - era assim que o argumentista assinava -, criavam situações caricaturais, entremeadas por algumas cenas brejeiras, a roçar o erotismo.

A série manteve-se em publicação contínua entre 1986 e 1993. O hiato foi prolongado, durou até este ano de 2015, em que Jim Del Monaco regressa com novo episódio, "O Cemitério dos Elefantes".  

A obra vai ser posta à venda a 29 do corrente mês de Setembro.


Curiosamente, o lançamento será feito em data posterior, a 12 de Outubro (uma 2ª feira) pelas 18h30, na FNAC do Chiado.


(*) http://divulgandobd.blogspot.pt/2014/08/jim-del-monaco-1-bd-autores-luis-louro.html 

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LUÍS LOURO

Síntese biobibliográfica


Luís Alexandre Santos Louro, 14 de Junho de 1965, Lisboa.
Curso  de Técnico de Meios Audiovisuais da Escola de Artes Decorativas António Arroio (Lisboa).

 
Foi galardoado com os troféus: Mosquito (do Clube Português de Banda Desenhada-CPBD) em 1985, como Revelação da BD Portuguesa de 1984; Zé Pacóvio e Grilinho, para Melhor Álbum Português de 1995, e o mesmo troféu, atribuído pelo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, dedicado ao Prémio Juventude 1995.

Jim del Monaco foi o primeiro herói desenhado por Luís Louro, sob argumento de António Simões (ou Tozé Simões), que protagonizou até agora nove aventuras editadas em álbum com os seguintes títulos: "Jim del Monaco" (1986), " Menatek Hara" (1987), "O Dragão Vermelho" (1988), "Em Busca das Minas de Salomão" (1989), "A Criatura da Lagoa Negra" (1991), "A Grande Ópera Sideral" (1992), "O Elixir do Amor" (1992), "Baja África" (1994), e "O Cemitério dos Elefantes" (2015).
 

Roques e Folques foi outra série criada pela mesma dupla Louro e Simões, e que teve os seguintes álbuns: "O Império das Almas" (1989), e "A Herança dos Templários", em dois tomos (I-1990 e II-1992, respectivamente).
 

Vieram a seguir as "Estórias de Lisboa", em que se incluiram os episódios "O Corvo" (1994), "Alice" (1995) e "Coração de Papel" (1997), criados a solo por Luís Louro, autor dos argumentos e desenhos, assim como "Cogito Ego Sum" (2000).
 

Nesse mesmo ano de 2000, agora de novo com um argumentista, Rui Zink, surge "O Halo Casto". 

Em 2002, a transformar em imagens sequenciais um argumento escrito por João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos, foi a vez de "Eden 2.0".
 

De novo "a solo", em 2003, retomou uma das suas personagens favoritas, em "O Regresso do Corvo". 

Tem colaborações dispersas em vários tipos de publicações, designadamente em revistas de BD - Mundo de Aventuras (1985), O Mosquito - 5ª série (1985/86), Selecções BD (1989/90, 1999 e 2001), Lx Comics (1991) em revistas de temas diferentes (Valor, 91 a 94; Visão, 95 a 2000; Ego, 1998), e em fanzines: Protótipo (1985), Hyena (1986), um zine espanhol intitulado Un fanzine llamado Camello (1986), Max (1986), Banda (1989/90), Shock (1989/91) e Efeméride (nº6 - Parte 3 de 4 - 2015).
 

Colaborou também num jornal, o Diário Popular, no suplemento semanal Tablóide, em Outubro de 1985.
Participou, com outros autores portugueses de BD, na exposição colectiva "Perdidos no Oceano", organizada pelo Festival International de la Bande Dessinée de Angoulême, em 1998.

G.L. 
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TOZÉ SIMÕES

Síntese biobibliográfica

António José Simões Pinheiro, 
Lisboa, 
15 de Agosto de 1965.






Até agora fez os argumentos das seguintes bandas desenhadas integradas na série "Jim Del Monaco", sempre com a colaboração do desenhador Luís Louro: 
"Jim Del Monaco" (1986), "Menatek Hara" (1987), "O Dragão Vermelho" (1988), "Em Busca das Minas de Salomão" (1989), "A Criatura da Lagoa Negra" (1991), "A Grande Ópera Sideral (1992), "O Elixir do Amor" (1992), "Baja Africa" (1994) e "O Cemitério dos Elefantes" (2015).

Fez igualmente os argumentos para a série Roques & Folques, criada também em parceria com o desenhador Luís Louro, que incluiu os seguintes episódios : "O Império das Almas" (1989), e "A Herança dos Templários", em dois tomos (I-1990 e II-1992, respectivamente). 

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Os interessados em ver as postagens anteriores deste tema poderão fazê-lo clicando no item Lançamentos inscrito no rodapé 

3 comentários:

Anónimo disse...

que decadência.... parece que saíram de uma sessão de quimioterapia!

ASP disse...

Obrigado, simpática besta anónima. Este tipo de comentários. de gosto duvidoso invocando questões sérias, são efectivamente uma espécie de cancro que hoje grassa pelos blogues, redes sociais, etc, sempre a coberto do conveniente anonimato, e mal disfarçando uma certa comichão de auto-estima. Felizmente, como refere, estamos suficientemente imunizados pela "quimioterapia" da idiotice. Aceitamos livremente quaisquer opiniões sobre nós ou o nosso trabalho. Não se pode, nem se deve agradar a toda a gente. E até brincamos com isso. Usar qualificativos depreciativos relacionados com flagelos de vida, parece-nos claramente uma estupidez que insulta, sobretudo, quem padece e sofre da doença do cancro. E sabemos o que isso é, porque um de nós já foi vítima da doença, que desejamos que nunca venha a contrair em circunstância alguma. Já não podemos garantir que se cure da imbecilidade, porque para isso não há, efectivamente, remédio. Decadentemente seus. L&S.

Kico b. disse...

Muito bem respondido